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GOMA DE MASCAR, o que se sabe?

  • Camila Droghini
  • 6 de abr. de 2015
  • 5 min de leitura

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UM POUCO DA HISTÓRIA:

Alguns autores afirmam que o hábito de mascar gomas surgiu entre os índios da Guatemala, que mascavam uma resina extraída de uma árvore denominada chicle com a finalidade de estimular a salivação. Outros, que o hábito surgiu entre os Maias, no México, que mascavam uma goma obtida de um látex que escorria de cortes de uma árvore conhecida como Sapota zapotilla, hábito que os Astecas posteriormente assimilaram. Também na Grécia antiga era comum mastigar a resina de uma árvore chamada mastiche para lavar os dentes e eliminar o mau hálito.


Na década de 1860, Antonio López de Santa Anna (presidente e general mexicano exilado nos Estados Unidos) levou para a América do norte uma resina cremosa (látex) a que chamavam chicle. Apresentou-a a Thomas Adams Jr, um fotógrafo e inventor nova-iorquino, que tentou, sem sucesso, vulcanizá-la, utilizando-a depois para o fabrico de pastilhas elásticas que se tornaram um sucesso. Mais tarde, melhorou-lhes o sabor, acrescentando um pouco de licor, o que agradou aos seus clientes.


Industrialmente, a produção do chiclete iniciou-se em 1872 quando o norte-americano Thomas Adams, Jr. iniciou a venda de pedaços de cera parafinada com alcaçuz.

As duas grandes guerras mundiais, principalmente a segunda, contribuíram para o aumento da popularidade da pastilha elástica, não só nos EUA mas também um pouco por todo o mundo. Era tida como terapia relaxante para o estresse diário de que as pessoas eram vítimas. E também para evitar o congelamento do maxilar durante as emboscadas noturnas.


No Brasil, a fabricação e a venda do produto iniciou-se em 1945, sendo Natal a primeira cidade brasileira a conhecer o produto, e usá-lo.


CURIOSIDADES SOBRE O CONSUMO DO CHICLETE:

Quando você mastiga, estimula a produção de saliva, que diminui a acidez dentro da boca. Isso é importante porque, quanto maior esse nível, mais os dentes ficam vulneráveis às cáries. O problema é que os chicletes com açúcar acabam anulando essa vantagem.

Hoje, é possível contar com as versões sem açúcar - e é apenas com essas que você deve ficar. Elas possuem xilitol, um adoçante natural encontrado em frutas e vegetais que tem ação bactericida. "O atrito mecânico da goma com os dentes, em conjunto com o xilitol, ajuda a reter menos bactérias nas faces livres dos dentes", explica o periodontista Marcelo Sarra Falsi, da Clínica DF Odonto, em São Paulo. "Além disso, as bactérias não conseguem fermentar o xilitol, o que gera menos danos ao esmalte dos dentes."


MELHORA O HÁLITO?

Mais uma vantagem do aumento da saliva é que ele impede que as bactérias ruins se proliferem na boca e causem mau hálito. No entanto, vale sempre lembrar que outros problemas crônicos, além da (falta de) higiene, podem ser responsáveis pelo bafo de onça, e, nesse caso, só um especialista pode ajudar você a cortar o mal pela raiz.


DENTES MAIS BRANCOS

Outra novidade são as gomas com partículas que aumentam o atrito com o dente, removendo parte da placa bacteriana (amarelada) e dando a sensação de dentes mais claros. Ótima notícia, mas atenção: As manchas intrínsecas, que ficam no interior do dente, não são removidas por esse processo. Para isso, procure seu dentista.


ABAIXO O ESTRESSE!

Quer mais um bom motivo para abrir a embalagem? Um estudo de 2008 realizado na Universidade Swinburne, na Austrália, patrocinado por uma marca descobriu que mascar chicletes sem açúcar ajuda a aliviar a ansiedade, melhorar o alerta e diminuir o stress - os níveis de cortisol presentes na saliva dos mascadores eram até 16% mais baixos.


MENOS CALORIAS

Sim, os chicletes sem açúcar podem dar uma mãozinha na redução do consumo de doces. A conclusão é de uma pesquisa realizada em 2009, na Universidade do Estado da Louisiana, nos EUA, e patrocinada por um fabricante. Os participantes que consumiam gomas entre o almoço e o lanche da tarde relataram menos vontade de comer, especialmente guloseimas. E mais: reduziram o consumo de doces em 60 calorias.

"Além do sabor forte e refrescante, que contribui para aliviar a vontade do doce, os chicletes distraem e tiram o foco de quem tem necessidade de sempre comer ou mastigar algo", diz a nutricionista Cynthia Antonaccio, da Equilibrium Consultoria, em São Paulo. Mas cuidado com o efeito contrário: "Se o indivíduo não está se alimentando bem, por exemplo, vindo de um longo período de jejum, mascar um chiclete pode estimular o apetite", avisa a nutricionista Cristiana Martins, da Clínica Sara Bragança, no Rio de Janeiro.


COM PROBIÓTICOS, CONTRA A IMPOTÊNCIA E ANTIFUMO:

Chiclete contra o fumo

Acredite se puder, já existem até chicletes contra impotência e com probióticos (micro-organismos benéficos para a saúde intestinal e o sistema imunológico). Infelizmente, ainda não chegaram ao Brasil. O que já há por aqui há alguns anos é a versão com nicotina para quem quer parar de fumar "A goma é utilizada na hora da fissura, que dura 3 minutos", diz o pneumologista João Paulo Becker Lotufo, responsável pelo Projeto Antitabágico do Hospital Universitário da USP. "Deve-se mascar até surgir o gosto da nicotina e colocar a goma entre a bochecha e a gengiva para haver passagem da nicotina pela mucosa oral.


ESTÔMAGO E INTESTINO

Já há pistas de que a goma pode ser benéfica também ao intestino. Um estudo do Saint Marks Hospital de Londres mostra que ela ajuda pacientes em pós-operatório de câncer de cólon a se recuperar melhor. "Mascar chiclete estimula a produção de saliva, que faz o organismo entender que a pessoa está comendo, pois está mastigando e engolindo. Isso incentiva a produção de enzimas que induzem o intestino a voltar a funcionar mais rápido", explica o cirurgião do aparelho digestivo Alexandre Sakano, membro da Sociedade Brasileira de Coloproctologia. "Os estudos são pequenos, com poucos pacientes e não permitem concluir esses dados com absoluta certeza, mas as evidências são grandes."

Quando o assunto é o estômago, cuidado. Você já deve ter ouvido que mascar chiclete é perigoso. "Ocorre um aumento da acidez do estômago, que não tem nada para digerir e acaba agredindo a parede, podendo causar gastrite em quem tem tendência para o problema", alerta Sakano. "Fora que, dependendo da sua atividade, não é muito bonito ficar mascando chiclete o dia inteiro, não é?"


ALGUNS MITOS E VERDADES:

A goma é indicada para certos tratamentos bucais.

Verdade. Em alguns casos, o chiclete é recomendado com ação de fisioterapia. Quando há inflamação dos músculos ou abertura limitada da boca (trismo muscular), o uso da goma é benéfico para minimizar o inchaço, fortalecer a musculatura bucal e recuperar os movimentos da mandíbula.


Todo tipo de chiclete provoca cárie

Mito. O açúcar presente no chiclete é o grande causador da cárie. Por isso, as versões diet e light podem ficar de fora dessa lista. Porém, alguns corantes e conservantes da composição das gomas podem ser feitos à base de amido e carboidrato, que vão se transformar em açúcar e também são nocivos aos dentes. “Opte por versões sem açúcar e incolores, que são as mais seguras”, diz Goldmann. Outro ponto é que alguns chicletes, dependendo da sua composição, podem deixar o pH da boca muito ácido e provocar cáries.



Fontes:


Ciências e Tecnologia. CHICLETE - Curiosidades sobre a goma de mascar. 28 SET 2013. Disponível em: <http://ciencia.me/yQikD>. Acesso em 03 de abril de 2015


MdeMulher. Mascar chiclete gera benefícios à saude. 30 MAR 2013. Disponível em: <mdemulher.abril.com.br/saude/womens-health/mascar-chiclete-gera-beneficios-a-saude> Acesso em 03 de abril de 2015


VIPI. CURIOSIDADE: conheça os mitos e verdades do chiclete. 21 MAR 2011. Disponível em <http://www.vipi.com.br/portal/curiosidade-conheca-os-mitos-e-verdades-do-chiclete/> Acesso em 06 de abril de 2015.








 
 
 

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