top of page

Os pontos de partida dos modelos científicos e a noção do ser humano

  • Agência Sigma
  • 23 de mar. de 2015
  • 4 min de leitura

customer-buying.jpg

POSITIVISMO

Bacon, Locke, Mill e Hume, oriundo da Escola Inglesa, definem o positivismo como um estudo científico voltado para o controle e previsibilidade. Acredita-se que tudo o que é cientifico tem que ser experimentado e controlado.

Assim, para que, algo seja experimentado e controlado, há a necessidade da observação, mensuração, previsão e repetição.

O positivismo defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. De acordo com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos.

  • MODOS DE RACIOCÍNOS

O positivismo possui 2 modos de raciocínio baseado na vertente empírica:

1. Indução: a partir de exemplos ou experiências, cria-se uma lei geral acerca de um fenômeno. Este tipo de raciocínio é amplamente utilizado em pesquisas de mercado, apesar de, segundo Hume, gerar incertezas devido a margem de dúvida em relação à generalização das pesquisas.

2. Dedução: a partir de uma Lei geral, são criadas previsões sobre fenômenos isolados.

Há ainda o método hipotético-dedutivo, defendido por Popper (1975), onde o cientista pode iniciar sua teoria com qualquer proposição e depois, com o uso de um esquema de experimentação e erro, a teoria vai sendo reformulada.

  • OUTRAS ÁREAS DO POSITIVISMO VOLTADAS PARA O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

As áreas da Biologia, Psicologia e Economia são bons exemplos de explicação do comportamento do consumidor, a partir de pressupostos positivistas.

Os métodos da Biologia são os de análise e síntese, divisão e classificação. Por exemplo, separa as pessoas normais das neuróticas e psicóticas, conforme a repetição de certos comportamentos (ações e ideias). A partir deste método surge algumas tipologias de consumo, embasadas em traços psiquiátricos.

Na Economia, o ser humano é colocado como agente e paciente de processos de produção e troca. Teorias que utilizam a expressão “risco percebido” também partem de pressupostos positivistas, racionais e econômicos.

Biologia, Psicologia e Economia, portanto, podem criar teorias do comportamento do consumidor a partir do pressuposto da razão, da previsão e da repetição, que é o ideal do positivismo.

ESTRUTURALISMO

A Visão Estruturalista é uma teoria que, como várias outras, busca compreender e explicar o comportamento humano e do consumidor. Nela está presente a busca pela essência que dá origem aos fenômenos ocorridos na sociedade, na qual ultrapassa a questão do tempo, do espaço e do social.

No estruturalismo funcional, a principal vertente da visão estruturalista, é apresentada determinadas funções básicas que permanecem na sociedade independentemente do grupo que apareçam, como por exemplo, a família: é composta pela figura do pai, da mãe e do filho. Esta mesma visão é atuante no fenômeno da globalização, no qual torna os desejos e expectativas dos indivíduos cada vez mais similares, mesmo estando localizados em áreas completamente diferentes. Outro aspecto de relevância do estruturalismo é o método do reducionismo que consiste em obter os componentes que são realmente fundamentais em relação aos fenômenos ocorridos. Para tal é necessário utilizar o conceito de inconsciente, pois desta forma conseguem explicar fatores que comumente ocorrem no cotidiano de uma sociedade e não são percebidos.

A exemplo disso encontra-se o sujeito que dirige e não tem -nem poderia ter, senão, correria perigo- consciência de seus repetidos atos motores, pois presta atenção nas variações do trânsito.

Apesar de todas as variedades consumistas que possam existir, os estruturalistas afirmam que o que realmente move o consumo é a infinita luta por diferenciação, a busca pelo melhor. Sendo justamente esse melhor que tem sido evidenciado nas propagandas a partir de símbolos universais acrescentadores de valores.

SISTEMISMO

O Sistemismo na sua versão mais simples, que é o funcionalismo (Demo, 1995), coloca que há uma interatividade no comportamento humano, em quatro níveis de análise – biológico, psicológico, social e econômico – que operam na base do feedback ou retroalimentação.

A interatividade pressuposta no modelo sistêmico leva ao estudo das relações de compra e venda, persuasão e negociação, atendimento e satisfação.

O Sistemismo trabalha sobre o principio de que a modificação de um elemento em um conjunto altera todos os outros elementos.. O modo de organização dos elementos é o ponto crucial.

São raras as teorias sobre comportamento de consumo de desenvolvem visão sistêmica.

FENOMENOLOGIA

É, na verdade, uma crítica ao positivismo e ao estruturalismo.

Segundo tal teoria, o comportamento é imprevisível, embora seja compreendido e descrito dentro de alguns parâmetros mais amplos.

Segundo Edmund Husserl, são fatores psicológicos e fenômenos da consciência que vão determinar o comportamento do consumidor, e por isso, não tem como prever ao certo o que ele poderá fazer ou como poderá agir.

Nessa teoria, o comportamento humano deriva basicamente dos horizontes do corpo, das ideias, das relações com os outros, com os objetos e a natureza, com o tempo e o símbolo.

Referências

GIGLIO, Ernesto Michelângelo. O comportamento do consumidor. 4ª ed. São Paulo: Cengage Leaning, 2013.

LOUCOS POR CONSUMO. Visão Estruturalista. Disponível em > http://loucospconsumo.blogspot.com.br/2012/09/visao-estruturalista.html . Acesso em 22 de março de 2015.

SONHO DI CONSUMO. Resumo – Teoria do Positivismo. Disponível em > https://sonhodiconsumo.wordpress.com/2013/04/02/teoriadopositivismo/. Acesso em 22 de março de 2015.

OLIMPIANOS. Decifrando a mente do consumidor parte 1. Disponível em > http://olimpianos10.blogspot.com.br/. Acesso em 22 de março de 2015.

 
 
 

Comentarios


Posts Recentes:
  • Ícone de App de Facebook

© 2015 por Agência Sigma Orgulhosamente criado com Wix.com.

bottom of page